Mês: março 2015

Importantes Passos Que Podemos Seguir para Atingirmos a Tranquilidade Mental

Os passos relatados neste artigo referem-se a uma compilação de importantes orientações provenientes do estilo de vida zen e que podem ser perfeitamente aplicadas ao nosso dia-a-dia, seja no ambiente profissional, seja em nosso lar ou no lazer. São passos que necessitam de constante treinamento, sendo que para atingir a efetividade dos mesmos, oriento para que as pessoas façam sua leitura em três momentos do dia – ao acordar, antes do intervalo para o almoço e pouco antes de encerrar a tarde – e que mantenham esta rotina por trinta dias ininterruptos. Após esta rotina, sugiro visitar os passos em questão periodicamente, e, portanto, é interessante que os mesmos estejam impressos e disponíveis em local acessível e visível aos seus olhos. Vale a pena.

Vamos então aos passos. São muito simples de entender, embora não tão fácil de mantê-los em nossa atenção diária:

  1. Escolha pensar sempre de forma positiva. Quando perceber que um pensamento negativo surgiu em sua mente, substitua-o, imediatamente, por um pensamento oposto.
  2. Não alimente preocupações, pensando no pior. Muitos fazem isto, dizendo serem “pessoas realistas”. No fundo, isto não é verdade. Compreenda que isso gera sofrimentos inúteis para você e para quem está ao seu redor. Não confunda: ser positivo não é a mesma coisa que ser otimista. Ser positivo é ter uma mente clara, com discernimento, sem nutrir expectativas negativas.
  3. Pare de se queixar. Melhor dizendo: não assuma o papel de vitima. Quando você reclama, você atrai para si mesmo a carga negativa de suas próprias palavras. A maioria das coisas que não dão certo começa a se materializar quando lamentamos. Aliás, as pessoas no papel de vitimas se tornam pessoas desagradáveis para se conviver e acredito que você não queira ser visto desta maneira. Em suma: por favor, não reclame.
  4. Para mudar o hábito de reclamar, você precisa policiar suas palavras e seu tom de voz. Comece a observar-se e ficará surpreso como, diariamente, você reclama muitas vezes. Vejamos alguns exemplos bem típicos: reclamamos do governo; reclamamos do tempo; reclamamos da nossa empresa, dos nossos superiores e/ou colegas; reclamamos do trânsito; reclamamos do preço das coisas; reclamamos das pessoas que não cumprem o prometido; reclamamos das pessoas preguiçosas, etc. Muitos acham que não há problema nisso – talvez você pense assim também –, mas seria muito melhor que você não reclamasse e se prontificasse a mudar a situação que tanto lhe incomoda, ou simplesmente entender que as coisas não precisam ser exatamente da maneira como você gostaria que fosse. Tente ser uma pessoa com maior senso de empatia para com as coisas e com as pessoas. Ao final, se tiver que reclamar, faça com voz baixa, suave e com olhar compreensivo (e que seja autêntico; treine para ser assim).
  5. Aos poucos, vá eliminando a reclamação mental também (aquela que você faz, enquanto não se expressa verbalmente). Como fazer isto? Aprenda a escutar sem pensar em nada, ou seja, com a mente vazia. Faça isto rotineiramente. E, caso pensamentos e sentimentos de raiva venham a surgir, reflita imediatamente no porquê de esses pensamentos estarem surgindo e como fazê-los desaparecer. Ou seja: pratique a razão sobre os sentimentos ruins, refletindo sobre eles no momento em que surgirem.
  6. Aceite o que lhe acontece no momento presente. Entenda que nada acontece por acaso. Estamos colhendo agora o fruto de nossos pensamentos, palavras e ações. Não se revolte com os fatos e pessoas. Extraia lições do que lhe acontece, e com paciência e coragem, supere seus obstáculos e desafios.
  7. Não dê importância às pequenas coisas e não se aborreça com facilidade. Não perca tempo com melindres e preocupações que trazem doenças e tiram seu equilíbrio e paz mental. Quando você se irrita ou quando explode de raiva, você envenena seu corpo e sua mente. Em vez disso, desenvolva tolerância e compreensão.
  8. Preocupe-se em controlar sua própria mente. Se quiser mudar alguém, tente mudar você, não as outras pessoas. Torne-se “a flexibilidade em pessoa” e você terá a felicidade que tanto procura. Não confunda humildade com fraqueza. Ser flexível e abrir mão de suas ideias em prol das ideias de outrem não tem nada a ver com “ser fraco”, mas com “ser sábio e humilde”. Você acha que estará perdendo território e respeito por isto, mas você só pensa assim porque nunca tentou levar uma vida verdadeiramente flexível. A verdade é que o medo o impede de tentar. Aliás: Pare de querer controlar os outros ou a vida, porque isso é impossível. Ninguém muda ninguém e nem pode controlar os acontecimentos, porque tudo é impermanente.
  9. Gratidão é um bom sentimento, mas tenha-o de maneira genuína. Muitos falam em gratidão, mas, na verdade, não o possuem em seu coração. Volte seus pensamentos para o passado e recapitule as coisas mais importantes que ocorreram em sua vida – e as pessoas que fizeram diferença pra ti – e que o trouxeram até o dia de hoje. Seja grato a tudo isso.
  10. Aprenda a reconhecer seus erros e a pedir desculpas. Tem vergonha de pedir desculpas? Pare com isso imediatamente. Pedir desculpas também é um treinamento. Você precisa pedir várias vezes para se sentir confortável. Não se preocupe: você certamente tem vários motivos para pedir desculpas às pessoas; é que talvez você não tenha recapitulado sua vida ainda.
  11. Não alimente medos imaginários. O medo é a maior causa dos nossos sofrimentos internos. Perceba que eles são criados pela mente negativa e, que quando você os enfrenta, eles vão desaparecendo como bolha de sabão, porque não têm consistência, são apenas ilusões do ego negativo.
  12. Discipline sua fala. Quando for expressar uma opinião, reflita se a tua fala irá agregar positivamente o assunto. Se não for agregar, não fale…por favor…não fale. Treine isso. E, aproveitando, tenha cuidado absoluto para não ficar propagando informações que não estejam validadas, sejam elas informações positivas ou negativas. Em suma: aprenda a ser uma pessoa “em paz no seu canto”. Não é ser uma pessoa antissocial; apenas uma pessoa atenta (escutar mais, falar menos). Muitos acham que, se trocarem o hábito de falar pelo hábito de escutar, não conseguirão se manter, se vender, se garantir, etc., medos provenientes do instinto de sobrevivência, e, como instinto, não necessariamente é algo racional. Relaxe quanto a isto. Escute mais, que você aprenderá mais e poderá gerar melhores frutos a você e a todos em sua volta.
  13. Uma orientação especificado estilo de vida zen: a meditação regular e o relaxamento são ferramentas essenciais para aquietar a mente. Pratique. É muito simples. Quer tentar? Sente em qualquer canto, em ambiente silencioso, com olhos entreabertos, em posição de lótus e atento à respiração. Por enquanto, só isso. Você poderá pesquisar em inúmeras fontes sobre como evoluir sua meditação.
  14. Por fim, um excelente ensinamento: o ansioso vive pensando no futuro. A pessoa com raiva vive no passado. Desse modo, desenvolva a habilidade de estar presente. Não perca o presente, esse momento tão precioso, pensando nas expectativas do futuro ou nas lembranças do passado. Valorize seu dia a dia, pois nada se repete. Viva o aqui e agora e seja mais tranquilo e equilibrado.

Espero contribuir para que sua mente se eleve mais e mais, dia-após-dia.