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Preocupações para o Gerenciamento de Mudanças

Quando falo em Gerenciamento de Mudanças, procuro inicialmente destacar quatro importantes palavras sob o contexto de qualquer mudança:

  • Risco;
  • Ameaça;
  • Vulnerabilidade;
  • Oportunidade

Muitas vezes, as mudanças surgem sem que haja um aviso prévio; outras vezes, as mudanças são programadas e comunicadas com antecedência. Por este motivo, oriento para que qualquer pessoa ou grupo, a qualquer tempo, exercite constantemente o seguinte mantra: “cada ameaça, seja qual for sua origem, será convertida por mim em uma nova oportunidade”. Mas, claro, nenhum mantra é suficientemente eficaz, sem que seja combinado com comportamentos explícitos. Portanto, antes que continuemos o desdobramento daquelas quatro importantes palavras, destaco ao menos quatro importantes atitudes que se somam a essa mentalização positiva:

  • Escuta Ativa: silenciar-se, dando realmente atenção ao que os outros estão comunicando, sem o desejo de interromper ou bloquear;
  • Parafraseio Positivo: deixar momentaneamente de lado sua opinião e esforçar-se para repetir e testar de forma sincera as informações que estão sendo difundidas em meio à mudança;
  • Reflexão sobre Desejo e Necessidade: procurar avaliar à mudança pelo contexto da necessidade coletiva e não pelo contexto do desejo individual. Para tanto, é necessário que, antes, cada indivíduo aprenda como distinguir seus próprios desejos, de suas necessidades, para ter melhor propriedade de avaliação sobre as decisões dos outros;
  • Decisão por qualquer Atitude Agregadora, jamais Desagregadora.

Isto, sim, ajudará no equilíbrio das relações humanas, imprescindível para qualquer mudança. Dito isto, continuemos:

Não podemos confundir Risco com Ameaça. O risco refere-se à chance de uma ameaça ocorrer e possui relação direta com o grau de vulnerabilidade das pessoas, das informações e do ambiente no qual estejam atuando. Ou seja, uma mudança será cada vez mais uma Ameaça e cada vez menos uma Oportunidade, à medida que o relacionamento entre um grupo de pessoas estiver enfraquecido, ou se as pessoas, embora verdadeiramente unidas, estiverem carentes de uma infraestrutura mínima para atuarem em suas atividades, ou ainda, se as informações com as quais essas pessoas contarem para tomar decisão forem pobres, falsas ou inexistentes. Ao contrário, pensando num cenário em que as relações humanas são ricas e seguras, existentes sob um ambiente com recursos apropriados para contínua manutenção e com a correta absorção e valorização das informações, as oportunidades poderão surgir e serem exploradas com maior facilidade

Particularmente, tenho convivido ativamente com cenários de mudança: nos últimos oito anos tenho investido em constante renovação de ambiente profissional, paralelo à própria evolução da minha estrutura familiar. Além disso, a própria vida como consultor vem exigindo muita flexibilidade frente à cenários novos; a participação em treze projetos num intervalo de um ano ratifica bem isso. Todas as mudanças envolvidas neste período não tiveram relação com ganhar mais dinheiro – isso é apenas uma consequência –, mas sim de manter uma rotina de aprendizagem, de ajudar genuinamente as pessoas, de oferecer uma verdadeira qualidade de vida profissional e familiar, de evoluir espiritualmente. Parece que, assim, conseguimos controlar melhor nosso “termômetro do desespero social” – falarei melhor em outro artigo sobre este termo que criei – e atuarmos com maior serenidade, o que nos ajuda a visualizar melhor as oportunidades

Para finalizar, para que saibamos organizar um cenário básico de mudança, é necessário estabelecermos os quatro principais atores

  • O Patrocinador da Mudança, que é o legitimador da mudança;
  • O Agente da Mudança (ou agentes da mudança), responsável pela implantação da mudança;
  • O Alvo da Mudança (pessoa ou grupo que deve mudar);
  • E o Advogado da Mudança: aquela pessoa ou grupo que mais deseja a mudança, mas não tem poder de patrocina-la.

Para cada uma dessas figuras, há orientações de atuação que precisam ser obedecidas.

Pesquise, estude, compartilhe experiências, peça apoio de uma consultoria profissional para conduzir seus projetos internos e garantir qualidade nos esforços voltados à mudanças.